Otoplastia nada mais é que uma cirurgia plástica realizada na orelha com o objetivo de alterar algum aspecto. Entre as indicações mais comuns, está a orelha proeminente, popularmente conhecida como orelha em abano.
A correção deste tipo de deformidade não é puramente estética, já que o aspecto físico em questão está relacionado a impactos sociais, como problemas de autoestima, e bullying, principalmente na infância e na adolescência.
Na maioria dos casos, a otoplastia é realizada para corrigir as “orelhas em abano”.
Mas há também técnicas de otoplastia para correções de defeitos congênitos – por exemplo, malformações, como a ausência de parte da orelha desde o nascimento – ou adquiridos – como os resultantes de traumas locais.
Existem, ainda, métodos para diminuir as orelhas muito grandes, condição chamada de macrotia.
A técnica operatória utilizada pelo cirurgião dependerá do objetivo da plástica, sendo provável, por exemplo, que haja remoção ou raspagem de cartilagem. Os pontos podem ser dados atrás da orelha ou em vincos já existentes da estrutura.
Geralmente, a cirurgia de orelha é realizada sob anestesia geral ou anestesia local e sedação. Ela pode ser feita em centro cirúrgico de hospitais ou clínicas habilitadas.
Como em toda cirurgia, são necessários exames prévios, jejum e suspender medicamentos anticoagulantes, como aspirina, seguindo o que o cirurgião plástico indicar no pré-operatório.
A duração da otoplastia costuma ser de uma hora, podendo se estender em casos mais complexos, como nas malformações congênitas.
A recuperação costuma ser rápida e com pouca dor. Em cerca de uma semana, o paciente pode retornar às atividades habituais e, em torno de um mês, voltar a praticar exercícios físicos.
Há necessidade do uso de um curativo em formato de capacete ou de enfaixamento – faixas de otoplastia – no primeiro dia. Depois, há a substituição por uma faixa compressiva, que deve ser usada por um mês.
Geralmente, o resultado é visível desde os primeiros dias, havendo edema (inchaço) da área operada, que costuma melhorar 90% ou mais nas primeiras duas semanas.
Após um mês, o resultado está bem próximo do definitivo.
No caso das orelhas proeminentes, é esperado que elas mantenham uma posição mais justa à cabeça. É possível também realizar a diminuição das orelhas.
Qualquer pessoa com bom estado de saúde e com exames pré-operatórios normais (teste sanguíneos e cardiológicos próprios para cada faixa etária) pode ser submetida à otoplastia.
Entre os riscos, o principal é a insatisfação com o resultado, como assimetria, formação de cicatrizes visíveis (que tendem a ficar escondidas em pontos estratégicos da orelha) e hipercorreção (quando a orelha proeminente fica “grudada” na cabeça).
Para evitar resultados indesejáveis, é recomendável conversar com o cirurgião antes e alinhar as expectativas do procedimento.
Para realizar a cirurgia otoplastia, procure um cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - SBCP.