Poucas cirurgias plásticas exercem efeito tão benéfico à imagem da mulher, quanto o procedimento tecnicamente conhecido por mastoplastia de aumento. Segura e eficiente, a colocação de prótese mamária destina-se a aumentar e melhorar o contorno das mamas.
Quais os tipos de implantes são usados na Mamoplastia de Aumento e quais os riscos relacionados ao uso?
Os implantes mamários compõem-se de uma concha de silicone com enchimento de gel de silicone. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica-SBCP, embora possa haver complicações relacionadas aos implantes mamários, os mesmos não são prejudiciais à saúde da mama . Pesquisas científicas realizadas por grupos independentes não relataram nenhuma relação comprovada entre implantes mamários e doenças autoimunes ou sistêmicas.
Em média, o ato cirúrgico dura 60 minutos e ao término utiliza-se curativos e modeladores especialmente adaptados a cada tipo de mama. A anestesia utilizada é local com sedação assistida.
Para que exista uma harmonia entre o volume ideal das mamas e o tamanho do tórax, características estas que devem ser preservadas no planejamento da cirurgia, a mama operada passará por vários períodos evolutivos naturais.
PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30° dia. Neste período, apesar das mamas se apresentarem com aspecto bastante melhorado, sua forma e volume ainda estão aquém do resultado planejado.
PERÍODO MEDIATO: Vai do 30° dia até o 3° mês – Neste período, a mama começa a apresentar uma evolução que tende à forma definitiva. São característicos deste estágio , um maior ou menor graus de “inchaço”, além disso, o aspecto cicatricial encontra-se em plena fase de transição (ver item 1°). Apesar da euforia da maioria das pacientes, já neste estágio, costumamos dizer às mesmas, que seu resultado ficará melhor ainda , pois esta será a característica do período tardio.
PERÍODO TARDIO: Vai do 3° até o 12° mês . É o período em que a mama atinge seu aspecto definitivo (cicatriz, forma, consistência, volume, sensibilidade, etc). É muito importante para o resultado final, o grau de elasticidade da pele, bem como o volume da prótese introduzida, onde o equilíbrio entre ambos varia em cada caso.
Felizmente a Mamoplastia de Aumento, permite-nos colocar as cicatrizes em locais disfarçados, o que é muito conveniente nos primeiros meses. Alguns cirurgiões as situam no sulco formado entre a mama e o tórax. Outros, na área da aréola, e até mesmo na axila. Com o decorrer do tempo as cicatrizes vão melhorando, chegando mesmo à imperceptibilidade, em certos casos.
A recuperação pós-operatória normalmente é simples sem quase alguma dor, devendo ser restringidos os movimentos de elevação dos braços, bem como , o excesso de peso. A paciente também é orientada a não deitar sobre as mamas pelo período de 30 dias.
Caso ocorra uma gestação, geralmente não haverá interferência no resultado, já que a cirurgia á realizada habitualmente “fora do tecido mamário”.
Doenças imunológicas como artrite reumatoide, escler odermia, lúpus ou doenças clínicas graves podem contraindicar a execução do procedimento. Isto porque o estresse cirúrgico pode aumentar a chance de piora da doença de base. A presença vírus HIV apresenta uma contraindicação relativa, já que deve-se evitar qualquer evento capaz de descompensar o sistema imunológico . Histórico familiar de câncer de mama precisa ser avaliado individualmente e liberado pelo mastologista para a realização da cirurgia.